Há muito tempo o Sinttel Bahia vem batendo na questão do Sobreaviso imposta pela Embratel aos seus trabalhadores. No Congresso da Fenattel, nossa federação nacional, esse tema foi colocado em pauta e amplamente debatido. Infelizmente, a realidade encontrada na Bahia não é diferente dos outros estados.
O que nos deixa decepcionados é a forma como a EMBRATEL trata do assunto, escolhendo o pior caminho, o de tentar impor sua própria lei, “a lei do cão” e desrespeita trabalhadores até mesmo em mesas redondas em alguns estados. Depois de diversas reuniões com a Comissão de Negociação sobre o assunto a empresa simplesmente afirmou que não existe a situação de sobreaviso nas empresas do Grupo; com exceção da Área Jurídica e da Primeys.
A pergunta é: Os empregados que atualmente compõem listas diversas, espalhadas pelos setores técnicos e atendimento em quase todos os estados brasileiros, e que estão sendo acionados para intervenção nas madrugadas e feriados não estão de sobreaviso?
Por favor Embratel, chega! Os trabalhadores estão cansados de tantas mentiras e enrolação!
O absurdo é tão grande que ela reconhece o SOBREAVISO na área administrativa e tem a “cara de pau” de não reconhecer nas áreas técnicas? Como uma empresa de prestação de serviço de telecomunicações que tem obrigação de atendimento 24 horas, não tem plantão em diversos setores estratégicos e nem sequer implantou uma Escala de Sobreaviso consegue cumprir sua missão?
Quando os empregados (principalmente da área técnica), há alguns anos atrás aceitaram o celular da Embratel ficaram obrigados a atender o chamado do chefe, a qualquer hora ou dia. Mas, a empresa só concedeu celular para aqueles que ela precisa chamar para algum atendimento e assim, num passe de mágica, eliminou o pagamento de Hora de Sobreaviso.
O que a EMBRATEL diz?
-O principal argumento da Embratel é que o empregado agora tem mobilidade; não precisaria ficar preso em casa esperando o chamado do chefe ou da empresa.
-Outra coisa alegada, é que o empregado não é obrigado a atender ao celular, quando eles chamam um técnico que não atender, o chefe ligará para outro e que a lista que
existe em todos os setores é só para identificar os empregados com capacidade de intervenção em determinado serviço.
A Embratel tenta iludir à todos, mas a realidade é outra e fala mais alto. A empresa nem sequer aceitou discutir casos gritantes de confronto com a previsão de Sobreaviso, como o exemplo relatado abaixo durante o Congresso:
-Um técnico que atende sozinho uma região (são muitos e algumas regiões enormes) toda a intervenção é sempre ele que faz, não há a alternativa de chamar outro empregado como alega a EMBRATEL e AÌ DELE SE NÂO ATENDER
– O técnico fica moralmente obrigado a atender seu superior e não importa se está cansado, se está dormindo, se a filha está doente, se a esposa está hospitalizada, se naquela região ele é o único, o chamado deve ser atendido.
Então isso não é sobreaviso?
Diante da intransigência da empresa não há mais condições de pautar este assunto nas reuniões, Os companheiros envolvidos nestas escalas já estão indignados e não suportam mais serem enrolados pela Embratel.
Uma posição firme dos trabalhadores de alguns estados levou a empresa deslocar a sua tropa de choque para enquadrar os empregados nesta localidade e se espalhou por alguns estados. Parece-nos que a linguagem que é ouvida pela empresa não é a do consenso e da negociação; portanto não resta alternativa para os empregados terem os seus direitos respeitados.
Dia 29 de Agosto é o Dia Nacional de Luta contra o Sobreaviso.Nessa data ninguém atende celular.
Esse é o dia da nossa mobilização, vamos fazer pressão para que a empresa comece a pagar o sobreaviso. Esse é o momento dos trabalhadores baianos mostrarem sua força, junto com os trabalhadores de todo o Brasil. Esse é o momento da união, da mobilização. Só juntos conseguiremos alcançar nossos objetivos.
VAMOS À LUTA! Vamos exigir respeito à lei e seriedade da empresa.
Não aceite pressão de chefias, não dê ouvidos à boatos e vamos nos mobilizar.
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