segunda-feira, 27 de junho de 2011

Operadoras investem menos, e panes sobem

Nos celulares, base de clientes avançou 16,6% em 2010, mas investimento das empresas caiu 2,4%

O investimento das operadoras de telecomunicações não tem acompanhado o crescimento de sua base de clientes, o que leva a panes cada vez mais frequentes nos serviços de telefonia e internet, segundo reportagem de O Estado de S. Paulo. De acordo com o jornal, essa situação já incomoda o governo.

Um exemplo do descompasso entre investimento e crescimento está na telefonia móvel. A base de clientes avançou 16,6% no ano passado, chegando a 202,9 milhões de linhas, segundo a consultoria Teleco, mas o investimento das empresas diminuiu 2,4%, ficando em R$ 8,2 bilhões, diz o jornal.

Em pouco mais de um mês, a Intelig, que pertence à TIM, teve três panes. O Speedy, da Telefônica, voltou a deixar seus usuários na mão no dia 13. E a Nextel ficou entre as palavras mais tuitadas por brasileiros no dia 10, por causa de problemas no Rio.

"Falta acompanhamento, supervisão e investimento", disse ao jornal Ruy Bottesi, presidente da Associação dos Engenheiros de Telecomunicações (AET).

As operadoras de telefonia alegam que os problemas dos últimos meses são pontuais e o investimento realizado é suficiente para sustentar a expansão dos clientes.

Brasileiro é dos que mais demoram a trocar celular

O brasileiro é o segundo consumidor que leva mais tempo para trocar de telefone celular, segundo levantamento feito em 14 países.

No ano passado, o brasileiro demorava em média 81 meses (quase sete anos) para trocar de aparelho, prazo que só é superado pelos indianos, que em média trocam de celular a cada oito anos. A pesquisa é da consultoria Recon Analytics, citada pelo jornal Folha de S.Paulo.

Ao contrário da Índia, porém, o brasileiro está demorando cada vez mais para mudar de celular. Em 2007, esse prazo era de 52 meses.

Os americanos são os que mais rápido trocam de aparelho, em 22 meses.

Para Roger Entner, fundador da Recon, a substituição mais lenta no Brasil é reflexo dos baixos subsídios das operadoras para a compra dos celulares.


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