terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sinttel Bahia inicia segundo dia de paralisação na Grenit




Apesar da paralisação e do protesto realizado durante todo o dia de ontem, a empresa Grenit e nem o Banco do Brasil (tomador do serviço) se pronunciaram sobre o pagamento das diferenças salariais retroativas à assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Em assembleia realizada no final da tarde de ontem, os trabalhadores decidiram pela continuidade da greve até que a empresa pague esse retroativo referente aos cinco últimos meses. 

“É estranho o fato da empresa não ter nos procurado ontem para negociar, o que mostra a intenção de tentativa de dar um calote nos trabalhadores. Mas não iremos permitir isso. Estaremos tirando uma comissão de 30 trabalhadores hoje pela manhã e vamos à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) tentar uma audiência e solicitar uma mediação com as empresas”, informou Joselito Ferreira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado da Bahia (Sinttel).

“A Grenit se comprometeu a pagar essas diferenças no último dia 10/09 e até agora nada. Procuramos o Banco do Brasil, que tem funcionários dentro da Grenit fiscalizando os serviços, para tentarmos resolver e também não obtivemos êxito. Esse retroativo não chega a R$ 200 por trabalhador. Não é possível que uma empresa que tenha um contrato com uma instituição idônea como o Banco do Brasil, não possua esses valores para honrar os compromissos que assina. O nome disse é má fé”, pontuou Uheider Pires, diretor do Sinttel. 

“Cerca de 900 trabalhadores estão sofrendo com essa situação que mostra a precarização do setor de Call Center e a necessidade do fim da terceirização e quarteirização. Trinta por cento desse efetivo continuará trabalhando conforme determina a legislação, mas, o atendimento aos clientes do BB ficará prejudicado enquanto durar a paralisação”, concluiu Roque Azevedo, diretor de comunicação do Sinttel.


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