Apesar da paralisação e do protesto realizado durante todo o dia de ontem, a empresa Grenit e nem o Banco do Brasil (tomador do serviço) se pronunciaram sobre o pagamento das diferenças salariais retroativas à assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Em assembleia realizada no final da tarde de ontem, os trabalhadores decidiram pela continuidade da greve até que a empresa pague esse retroativo referente aos cinco últimos meses.
“É estranho o fato da
empresa não ter nos procurado ontem para negociar, o que mostra a intenção de
tentativa de dar um calote nos trabalhadores. Mas não iremos permitir isso.
Estaremos tirando uma comissão de 30 trabalhadores hoje pela manhã e vamos à
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) tentar uma audiência e
solicitar uma mediação com as empresas”, informou Joselito Ferreira, presidente
do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado da Bahia
(Sinttel).
“A Grenit se comprometeu a pagar essas
diferenças no último dia 10/09 e até agora nada. Procuramos o Banco do Brasil,
que tem funcionários dentro da Grenit fiscalizando os serviços, para tentarmos
resolver e também não obtivemos êxito. Esse retroativo não chega a R$ 200 por
trabalhador. Não é possível que uma empresa que tenha um contrato com uma
instituição idônea como o Banco do Brasil, não possua esses valores para honrar
os compromissos que assina. O nome disse é má fé”, pontuou Uheider Pires,
diretor do Sinttel.
“Cerca de 900
trabalhadores estão sofrendo com essa situação que mostra a precarização do
setor de Call Center e a necessidade do fim da terceirização e quarteirização. Trinta
por cento desse efetivo continuará trabalhando conforme determina a legislação,
mas, o atendimento aos clientes do BB ficará prejudicado enquanto durar a paralisação”,
concluiu Roque Azevedo, diretor de comunicação do Sinttel.
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