quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Greve no call center do BB chega ao terceiro dia‏


Apesar da paralisação e do protesto realizado durante os dois últimos dias, a empresa Grenit e o Banco do Brasil (tomador do serviço) ainda não resolveram a questão do pagamento das diferenças salariais dos últimos cinco meses retroativas à assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Na tarde de ontem um representante da Grenit apareceu na frente da empresa, onde estão se concentrado os trabalhadores, e simplesmente falou em alto e bom som que “a empresa não tinha dinheiro e não sabia quando iria pagar o retroativo”. Tal atitude revoltou os trabalhadores e os dirigentes sindicais que prometeram endurecer ainda mais o movimento e só voltar às atividades quando o pagamento for efetuado.

“A Grenit se comprometeu a pagar essas diferenças no último dia 10/09 e até agora, nada. Procuramos o Banco do Brasil, que tem funcionários dentro da Grenit fiscalizando os serviços, para tentarmos resolver a situação e também não obtivemos êxito. Esse retroativo não chega a R$ 200 por trabalhador. Não é possível que uma empresa que tenha um contrato com uma instituição idônea como o Banco do Brasil, não possua esses valores para honrar os compromissos que assina. Não podemos aceitar isso, o nome disso é má fé”, pontuou Uheider Pires, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado da Bahia (Sinttel).

Cerca de 1800 trabalhadores estão sofrendo com essa situação que mostra a precarização do setor de Call Center e a necessidade do fim da terceirização e quarteirização. Trinta por cento desse efetivo continuará trabalhando conforme determina a legislação, mas o atendimento aos clientes do BB ficará prejudicado enquanto durar a paralisação, informou Roque Azevedo, diretor de comunicação do Sinttel.

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