segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Após série de demissões em massa, Telefônica/Vivo lança PDV


 Após 17 demissões, ocorridas a partir do final de setembro, o grupo Telefônica/Vivo lançou um Programa de Demissões Voluntária (PDV). O Sinttel Bahia e a Fenattel são contra está série de demissões promovidas pela Telefônica/Vivo e pergunta: será que os demitidos terão os mesmos direitos de quem optar pelo PDV? A média já são de quatro demissões por mês.

Os trabalhadores da Bahia, principalmente os das Lojas estão receosos, pois as conversas internas dão conta que no próximo dia 18/10 haverá mais cortes. Será que a direção da empresa não percebe que com estas demissões só estão criando um clima de terror dentro da empresa que acaba afetando a produtividade dos funcionários.

Programa de Demissão Voluntária (PDV) – Em reunião realizada no dia 10/10, em São Paulo, a Telefônica/Vivo apresentou mais um PDV. Segundo os representantes da empresa os motivos dessa reestruturação são a duplicidade de funções e cargos nas áreas e a recente unificação das diretorias de recursos, que passa a integrar a diretoria de Finanças, diretoria de Estratégia e Atacado, passa a integrar a diretoria de Negócios e Relacionamento com os Clientes. O absurdo é essa proposta não contemplar os trabalhadores das Lojas e dos Calls Centers, somente da Sede.

A proposta apresentada pela empresa foi a seguinte:

- 0,25 salários base por ano trabalhado;

- mínimo de 0,5 salários;

- máximo de 05 salários;

- três meses de prorrogação de assistência médica.

Primeiramente a Comissão de Negociação da Fenattel (da qual o Sinttel Bahia, faz parte) indagou a empresa quanto à possibilidade de abortar as referidas demissões, sendo que a empresa informou não ser possível, haja vista necessidade de reestruturação.

Diante da referida informação, a Comissão salientou a necessidade de diminuir os impactos da reestruturação, solicitando que a empresa informasse quantas vagas e quantos trabalhadores estão envolvidos, sendo que a empresa deveria priorizar a extinção das vagas desocupadas, repita-se, diminuindo assim o impacto dos trabalhadores. Pela Comissão ainda foi solicitado à evolução da proposta apresentada.

A empresa informou que atendendo ao pleito da comissão, priorizará a extinção dos postos vagos, sendo que dois 1.500 postos apresentados, a previsão é de que 40% refere-se a tais postos vagos, sendo 60% envolvendo postos ocupados. Quanto à proposta, a empresa reformou a anterior e apresentou a proposta que segue abaixo:

- 0,50 salários base por ano trabalhado;

- mínimo de 01 salário;

-máximo de 10 salários;

- seis meses de prorrogação de Assistência Médica e Odontológica onde houver;

- doação do aparelho funcional;

- deixar de efetuar o desconto do VR/VA no mês de desligamento;

- disponibilização de um serviço de apoio à transição de carreira, pelo prazo de dois meses.

A comissão enfatizou que o presente programa tem caráter voluntário, não sendo admitida nenhuma espécie de pressão a sua adesão. Também foi deixado claro que o presente programa não deverá em nenhuma hipótese prejudicar os resultados do PPR/2013.

Acreditamos que é uma tremenda injustiça do grupo Telefônica/Vivo demitir uma série de funcionários para depois lançar um PDV que não contempla os trabalhadores das lojas e Calls Centers e tão pouco os trabalhadores que forem desligados até o dia 18/10. O PDV tem prazo para acabar, quem garante que os gestores não estão segurando demissões para quando o PDV for finalizado? Como ficará....

Negociações do ACT – Até o encerramento deste processo as negociações do ACT estão interrompidas. De acordo com o cronograma apresentado pela Telefônica/Vivo, o PDV deve ser finalizado no início do mês de novembro, sendo o dia 01/11, estipulado para desligamento daqueles que optarem pelo programa de demissão voluntária.

Outros absurdos da Telefônica/Vivo na Bahia:

- A empresa adotou que nas sextas feiras o expediente seja até às 16h. O problema reside no computo do BH dessas horas negativamente de forma a reduzir quem tem e negativar quem estava com zero. A determinação da empresa é um ato do poder de mando, logo, não é pode ser contabilizado ao BH.

- A empresa adotou a contabilização do SOBREAVISO (os anteriores e mais recentes) para BH e por tabela a compensação. Como ficarão as horas extras decorrentes do comparecimento do empregado ao trabalho para BH negativo?

- Assistência a Saúde: Gerentes após desligamento têm direito a 3 ou 6 meses, enquanto aos empregados comuns, principalmente, aqueles trabalham nas lojas não tem esse direito. Cadê a responsabilidade social da empresa? Onde está à preocupação com o trabalhador e sua família, será que é essa a melhor empresa do Brasil para se trabalhar? Estamos tendo a convicção que a Revista EXAME, está errada na sua afirmação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário