quarta-feira, 16 de maio de 2012

Campanha Salarial: ZENER – Sai uma ruim, entra outra pior


Os trabalhadores da ZENER (empreiteira da VIVO) estão revoltados com a forma que a empresa se apresentou na Bahia, em substituição a HGS. Prontamente a empresa desativou o CGC e FAULTY, o que levou a demissão de diversos pais e mães de família. De forma abusiva a empresa diminuiu os salários de diversos companheiros da Capital e do Interior com o discurso de que “se não quer aceitar o que estamos impondo, existem outros disputando o seu lugar”, numa completa falta de respeito com esses profissionais.

Os veículos que foram entregues estão em média com 25 mil km rodados e não são climatizados. A empresa não está pagando periculosidade para os funcionários residentes da Sede Vivo no Cabula (Huawei e na EGS pagava), o pagamento dos salários está sendo efetuado quinto dia útil de cada mês e o adiantamento dia 20, sendo que na Huawei o pagamento era efetuado no último dia último do mês e adiantamento dia 15, trazendo com isso prejuízo para os trabalhadores já que estão pagando juros e multa, pois seus compromissos estavam agendados para essas datas.

A empresa também não está pagando o acréscimo do ticket a cada duas horas trabalhadas a mais, até hoje a empresa não disponibilizou o contra cheque para conferência dos míseros valores pagos no dia 08/05. Os funcionários estão trabalhando sem vale transporte, pois, quando a empresa começou suas atividades não forneceu, informando que iria pagar esse valor em folha, como o contra cheque não foi fornecido, os funcionários não tem como confirmar se o pagamento foi efetuado.

Desde a sua chegada, a empresa não forneceu nenhum EPI para os funcionários poderem trabalhar com energia. Não está sendo pago o adicional noturno para os plantonistas na escala 12x36 e nenhum salário foi reajustado na migração. Os companheiros torristas, de transmissão e técnicos não estão recebendo periculosidade, os companheiros da climatização não estão recebendo insalubridade, mesmo à empresa sabendo que eles trabalham com o gás 407, oxigênio, acetileno, com o agravante de muitas vezes transportar esses materiais dentro dos veículos que não são adaptados para este fim.

A Zener também reduziu o sobreaviso para 15 dias e não implantou o Plano de Saúde Bradesco, mandando os trabalhadores para AMIL, o que representou economia para a empresa e dor de cabeça para os trabalhadores. A empresa reduziu a cota de combustível dos veículos, fazendo com que o trabalhador tenha que colocar combustível do próprio bolso para desempenhar sua função, ou seja, os trabalhadores estão tendo que pagar para trabalhar. 

A empresa não contratou os ajudantes, com isso os torristas estão fazendo suas atividades sem o acompanhamento e a segurança de outro profissional, ou seja, brincando com a vida do trabalhador. Com as centrais abandonadas, os técnicos também passaram a ter a função de roceiros, pois, para ter acesso as centrais os trabalhadores tem que tem que fazer a limpeza do local. 

Os técnicos de energia estão registrados com a função na carteira como técnico de manutenção, uma forma encontrada pela empresa para não pagar a periculosidade, mas que na verdade denomina-se desvio de função. A empresa está obrigando os trabalhadores da Capital e do Interior a se deslocarem para qualquer localidade, não importando o horário ou se a área de risco. Em resumo, a ditadura que a Zener que implantar é assim: se ela chamar o trabalhador tem que levantar da sua cama, trocar o pijama e arriscar sua vida se não quiser ser demitido. E o pior de tudo é a conivência, concordância e omissão da Vivo.

Pois é, a Zener começou suas atividades e a relação com os trabalhadores e o Sinttel com o pé esquerdo. Esperamos que os problemas aqui expostos sejam resolvidos imediatamente, enquanto isso, estaremos comunicando a Zener e a VIVO formalmente sobre estas denuncias e caso as empresas não tomem nenhum atitude tomaremos as medidas necessárias junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).

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