quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Proposta excludente da VIVO é rejeitada, nova reunião será dia 16/11

Ocorreu, no último dia 09, em São Paulo mais uma rodada de negociação entre a Fittel e a VIVO referente ao PLR 2010. A proposta apresentada pela empresa além de ser excludente, mantém o "apartheid" entre os benefícios e salários praticados pela Sede com os Trabalhadores das lojas. Rejeitamos a proposta em mesa de negociação e marcou-se uma nova reunião para a próxima terça-feira, dia 16/11.

A proposta é péssima para toda a categoria, já que nem a inflação a empresa quer repor, além do reajuste escalonado de acordo com o salário. Mais uma vez a desculpa foi o posicionamento dos acionistas e a nova conjuntura interna. Para nós não interessa nada disso, queremos o reconhecimento monetário da empresa para os seus maiores acionistas que são os trabalhadores.

A empresa agora tem dois discursos um para a Sede, já que justifica o escalonamento dos reajustes devido à aplicação da meritocracia nos salários desde janeiro, e outro para os trabalhadores das Lojas que mesmo reconhecendo um salto de qualidade na absorção desses companheiros, continua com o entendimento de que os benefícios e salários devem continuar com "o espírito" de terceirizados.

Enfim, precisamos nos unir para arrancar da VIVO uma proposta que contemple a todos. Segue abaixo o resumo da reunião que de forma bem educada vamos chamar de "enrolation", onde a empresa apresentou sua proposta para fechamento do acordo coletivo de trabalho 2010/2011:

1) Unificação da data base para o pessoal da sede e lojas;

2) Acordo  único com cláusulas especificas para sede e lojas;

3) Avanço nos benefícios das lojas com aproximação ou manutenção das atuais diferenças com aplicação de um percentual de reajuste;

4) Exclusão dos gestores do acordo coletivo;

5) Re ajuste salarial - A empresa apresentou um reajuste salarial diferenciado para os trabalhadores das lojas alegando que já concedeu em maio, além do escalonamento de reajuste para a sede conforme abaixo:

- Salários até R$ 2.000,00 –  4% para sede e 1,21% para as lojas, sendo atingidos 2.064 trabalhadores das sedes e 5.460 trabalhadores das lojas.

- Salários de R$ 2.000,01 a R$ 3.000,00 – 3,8% para sede e 1,0% para as lojas, sendo 1.369 trabalhadores das sedes e  333 trabalhadores das lojas atingidos.

- Salários de R$ 3.000,01 a R$ 4.000,00 – 3,5% para a sede, sendo atingidos 1.016  trabalhadores nas sedes.

- Salários de R$ 4.000,01 a R$ 5.000,00 –– 3,2% para a sede, sendo atingidos872 trabalhadores nas sedes.

- Salários acima de R$ 5.000,01 – 3% para a sede, sendo atingidos 2.166 trabalhadores das sedes.
6) PPR – Informou que mantido esse índice de metas atingidas chegará a 2,2 salários;

7) A VIVO se comprometeu a enviar aos sindicatos um documento garantindo a  data base

QUESTÕES ESPECÍFICAS DA BAHIA

1) Pagamento das rescisões e homologação dos trabalhadores da VELOX - Cinco trabalhadoras não receberam as parcelas rescisórias, além de não terem sacado o FGTS e seguro desemprego. A empresa alega que já pagou a VELOX e que, portanto, não tem responsabilidade pelo não pagamento. Pleiteamos que a VIVO pague a essas trabalhadoras todos os seus direitos, mas, infelizmente a empresa não aceitou. Então a única alternativa será acionar a VELOX e a VIVO na Justiça do Trabalho.

2) Demora nas homologações - A VIVO está levando em média 30 dias para fazer as homologações alegando dificuldades no envio da documentação, mas, em contra partida para se livrar da multa, do art. 477 da CLT, está depositando o valor da rescisão. Acontece que o trabalhador fica prejudicado, já que não pode sacar o FGTS nem dar entrada no seguro desemprego. Pleiteamos que sejam feitas as homologações dentro do prazo de 10 dias.

3) Plano de saúde Unimed - Cobramos da empresa maior rapidez na troca do plano de saúde. Os problemas continuam acontecendo e os trabalhadores estão sofrendo com essa situação, há bastante tempo.

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