segunda-feira, 23 de abril de 2012

Após aparente calmaria, ameaça de demissão volta a rondar a oi

Quem ler o livro da canadense Naomi Klein “A Doutrina do CHOQUE” passa a entender que o desmonte das empresas aqui não acontece por acaso, é tudo traçado e orquestrado em Washington nos EUA pra se demitir, privatizar e terceirizar tudo que tiver pela frente, desde o governo Ronald Reagan. Portanto, a questão do emprego, o social e o bem estar do trabalhador não faz parte desse projeto adotado pela Oi. 

O Sinttel não vai aceitar passivamente mais uma onda de demissão em massa na Oi para isso acionaremos todos os órgãos necessários para impedir mais esse desmonte. Desde a privatização da Telebahia que a ex- Telemau hoje Oi vem demitindo e terceirizando seus serviços desenfreadamente apesar de nosso reclame.

Surge agora mais um forte boato de mais demissão na empresa e precisamos estar fortes e unidos pra enfrentar essa nova batalha. Há indícios que serão demitidos milhares de trabalhadores nas áreas de RH, financeira, e de patrimônio, sendo que uma parcela pequena poderá ser "aproveitada" pela Accenture, provável  empresa que assumirá a parte terceirizada. Há indícios que a intenção dessa mudança seja ainda esse ano. A estratégia fica clara para a terceirização total das atividades fim e meio da empresa. É sabido que não existe o papo furado de terceirizar somente a atividade "meio" e preservar a outra, mesmo porque ninguém sabe qual a definição disso desde a privatização.

Começa com a tal BPO - Terceirização de Processos do Negócio, depois vem o KPO - Terceirização de Processos de Conhecimento que inclui atividades que exigem maior habilidade e conhecimentos especializados para a execução e finalmente o BTO - Terceirização da Transformação do Negócio - 100% terceirizado.

Esse é o verdadeiro objetivo. Temos um quadro desenhado para demissão em massa de uma diretoria que utilizará esse modelo como um balão de ensaio para ver como os trabalhadores vão reagir. Depois a tendência do desmonte é se alastrar por toda a Empresa com o mesmo argumento fajuto de melhoria de desempenho, torná-la mais dinâmica até a transformação final de uma concessão pública,100% terceirizada. Essa é a lógica do capital especulativo e desregulamentado.

O objetivo da empresa continua sendo a remuneração dos acionistas a qualquer custo e sem medir as consequências para os trabalhadores e a sociedade. Depois,em 2025 quando finda o prazo da Concessão,entregarão a massa falida do que restar da OI ao Estado para ser reestatizado. Esse é o provável desenho que eles preparam para nós trabalhadores da Oi.

Este quadro, casado com o PL 4.330/04, do deputado Sandro Mabel (PR-GO), que dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes, nos remete a mais dura realidade já enfrentada, o mais sombrio dos cenários, impensável nas análises de conjuntura para o nosso setor. Este caminho é uma tendência que também deve ser seguido pelas outras operadoras e devemos estar preparados pra nos indignar e reagir.

Deixamos claro a todos os trabalhadores da Oi assim como os demais trabalhadores já terceirizados ou não que sempre fomos e seremos contra qualquer terceirização. Corre um boato na Oi que essa empresa americana que pretende terceirizar estes serviços irá praticar o mesmo salário da Oi, mas esse filme é velho, em 2005 na Nesic, que assumiu a planta interna foi assim, inicialmente se pagou o mesmo salário aos trabalhadores e passado um ano os salários foram readequados com mais demissões dos trabalhadores.O Sinttel está programando uma serie de ações de repúdio a essa nova investida da Oi e contamos com o envolvimento de todos nessas atividades.

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