quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Trabalhadores da GVT também querem ser felizes

Mesmo com crescimento, empresa oferece apenas 7,13% (INPC) e nada mais

No dia 01/09, ocorreu à primeira reunião entre a comissão nacional de negociação da Fenattel, da qual faz parte nossa diretora Edla Rios, e os representantes da empresa GVT para tratar da renovação do Acordo Coletivo de Trabalho.
Iniciada a reunião os representantes da empresa fizeram uma apresentação geral de como a GVT esta organizada no país. Sobre seu crescimento, a empresa informou que o mesmo é devido à internalização dos trabalhadores prestadores de serviços, cuja ação acarretou um grande volume de problemas, segunda a GVT. Para solucionar esses problemas a empresa prometeu intensificar o programa de requalificação profissional aos internalizados e efetivos.
Após esta apresentação os sindicatos manifestaram suas preocupações em relação às mudanças que ocorreram e continuam acontecendo sem serem comunicadas e muito menos negociadas com os sindicatos. 

- Um ponto de reclamação geral foi à postura dos gestores. A forma de tratamento, à falta de educação e respeito com os trabalhadores é algo que vem acontecendo em todo Brasil;

- Foram questionados os problemas relativos ao banco de horas que estão acontecendo em alguns Estados;

- Outro ponto levantado foi à questão do aluguel dos carros, que em alguns estados foi negociado diretamente com os trabalhadores, sem a presença do sindicato;

- Assim como vários outros benefícios e garantias que a empresa devia estar cumprindo e devido a sua desorganização não está fazendo.

A GVT justificou-se reconhecendo que ainda não possui em todos os estados uma estrutura de RH para resolver as demandas surgidas no dia a dia. Mas isso não justifica a empresa negociar benefícios diretamente com os trabalhadores sem a presença do sindicato, entidade que representa e tem o dever de intermediar as relações entre a empresa e o trabalhador.
Participação nos Lucros é bem diferente de Produção - Como exemplo foi citado o pagamento da primeira parcela do PAD/PPR aos trabalhadores, um dia antes dessa reunião, onde a empresa exclui de forma discriminatória os trabalhadores do comercial e técnicos alegando que eles possuem incentivo de vendas e produção. A GVT sabe muito bem que uma coisa não tem nada a ver com a outra, pois Participação nos Lucros é bem diferente de produção. 

A Comissão Nacional da Fenattel informou que não permitirá a precarização das condições de trabalho e que as relações sindicais é algo que sempre deve ser respeitado. Após esta manifestação dos sindicatos, a empresa apresentou a sua proposta para negociação do ACT, se é que podemos chamar isso de proposta.
Proposta da Empresa:

Manutenção das cláusulas sociais, e reajuste das cláusulas econômicas pelo INPC acumulado de setembro/10 a agosto/11;

A Comissão Nacional recusou a proposta da Empresa, reafirmando sua posição de negociar integralmente a pauta encaminhada e querendo soluções para os problemas trazidos pelos estados referente à precarização que vem ocorrendo. Além de um aumento real foi exigido da empresa:

- O estabelecimento de uma estrutura de RH nos Estados para atender aos sindicatos e trabalhadores de forma mais ágil na solução dos problemas.

- Extinção total do banco de horas e quitação integral do saldo existente;

- Garantia do piso da categoria por Estado;

- Pagamento do seguro do carro locado dos instaladores;

- Estabilidade para delegados sindicais;

- Forma de cobrança dos supervisores sobre os instaladores;

- Troca do Plano de Saúde de Pernambuco e Rio de Janeiro.

Próxima reunião - A empresa comprometeu-se a estudar e analisar os assuntos e responder alguns itens o mais rápido possível. Ficou agendada uma próxima reunião para o dia 13/09/2011, em São Paulo.

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