Governo vai ter ‘conversa séria’ com operadoras, diz Paulo Bernardo
Relatório apontou atraso nas metas da velocidade banda larga nas cidades. ‘Se precisar bronca, vai ter’, disse ministro sobre as operadoras.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira (28) que o governo vai chamar as operadoras do para uma “conversa séria” sobre as metas para acesso à internet por banda larga destinado às escolas urbanas brasileiras, que estariam sendo descumpridas.
Segundo Bernardo, a própria presidente Dilma Rousseff já foi informada da situação e o governo aguarda apenas a conclusão de um estudo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que preliminarmente já identificou atrasos, para “fazer exigências” às operadoras.
“Essa discussão da velocidade [da banda larga] vamos esperar que a Anatel faça o relatório e vamos ter outra conversa séria com as empresas. A presidenta foi informada de que a Anatel está fazendo uma fiscalização e os dados preliminares indicam que não foi cumprido a contento. Então, vamos fazer exigências [às operadoras] e, se precisar bronca, vai ter”, afirmou Bernardo, pouco depois de participar de uma audiência na Câmara dos Deputados.
Ainda de acordo com o ministro, a fiscalização das metas de velocidade da banda larga nas regiões foi solicitada pelo próprio governo: “De fato, pedimos a Anatel que fizesse uma fiscalização e ela não tem ainda um relatório definitivo, mas indica que há um atraso em algumas regiões na velocidade. Nós tínhamos que ter fechado o ano passado com as escolas todas conectadas com velocidade de 2 megabits e isso não foi feito.”
A meta estipulada para o projeto era de que todas as escolas urbanas tivessem acesso à internet de 1 megabit por segundo (Mbps) até o fim do ano passado, e um mínimo de 2 Mbps a partir de 28 de fevereiro deste ano. Mas imprecisões no censo das escolas que pautou o projeto do governo seria, segundo Bernardo, alguns dos problemas que provocaram atraso na banda larga.
“Em parte, o atraso se justifica porque tivemos uma aumento. Eram 55 mil escolas [no censo] e está com 64 mil. O censo que nos foi apresentado quando fizemos a negociação tinha uma defasagem de 9 mil escolas e nós toleramos que tivesse ouvido atrasos”, argumentou Bernardo.
Bernardo ainda afirmou que serão necessários investimentos de R$ 7 bilhões para viabilizar a criação de redes regionais que permitam a popularização de internet em alta velocidade nas cidades brasileiras. O ministro afirmou que conversou com a presidente Dilma e que ela se comprometeu a intervir pessoalmente para liberar até R$ 1 bilhão para as ações do programa: “O Investimento imediato agora tem de ser R$ 7 bilhões nas redes regionais, ou seja, distribuir o sinal para as cidades onde ele falta.”
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