No dia 8 de setembro a eleição na Austrália, que estava num impasse, foi decidida pelas propostas dos candidatos para o futuro da banda larga no país. Nenhum dos concorrentes havia conseguido a maioria no Parlamento, até que o Partido Trabalhista apresentou a proposta de manter ativa a National Broadband Network Company (NBN), considerada estratégica para a expansão do setor. Posição oposta a do Partido Liberal, que propôs a extinção da estatal e perdeu a eleição.
Diferentemente do que ocorre no Brasil, na Austrália houve de fato um debate entre os candidatos sobre o setor de telecomunicações e a banda larga. O grande fator decisivo foi o entendimento da população de que a universalização da banda larga é uma necessidade básica para o seu desenvolvimento social, político e econômico. E, assim, deve ser tratado como prioridade pelo futuro governante.
O Brasil tem que aproveitar o processo eleitoral para cobrar um debate dos candidatos sobre a banda larga. A internet pode até não decidir a eleição no país, como ocorreu na Austrália, mas, com certeza, é um fator essencial para decidir o futuro dos brasileiros no que diz respeito à inovação, disseminação de conhecimento, distribuição de serviços, desenvolvimento econômico e redução das desigualdades sociais.
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