terça-feira, 20 de novembro de 2012

Final de ano chegando e a Embratel só enrolando


Mais de um mês depois da última reunião e menos de um mês para o Natal. A combinação perfeita do "empurra com a barriga" que, lamentavelmente, tem sido a postura da empresa em todo Acordo Coletivo. Uma forma de tornar palatável qualquer proposta ruim, já que no final de ano os trabalhadores querem se preparar para o Natal e Ano Novo, sair de férias e qualquer "antecipação de PPR" ou coisas do gênero faz muito efeito.

A primeira proposta da Embratel, na reunião realizada no dia 18 de outubro, foi reajustar salários e benefícios apenas pelo INPC acumulado em 12 meses, que já está definido em 5,99%. O reajuste salarial ainda seria limitado aos salários até R$ 6.000,00. Quem ganha acima deste valor teria um aumento fixo de R$ 333,60 (estimado). Nenhum outro ganho ou concessão. Obviamente a proposta foi rejeitada pela Comissão de Negociação. A pauta aprovada nas assembleias pedia 5% de ganho real acima do INPC no salário, ticket de R$ 26,00 e cesta básica de R$ 306,00, além de mais outros trinta itens de caráter econômico. 

Vale lembrar que nossas reivindicações não estão fora da situação geral de outras categorias e do próprio setor de Telecom. Segundo o DIEESE, mais de 90% dos acordos coletivos deste ano tiveram ganho real nos salários dos trabalhadores. Na Telefônica/Vivo (últimos anos) e na Oi em 2011 não houve limitação de faixas salariais para reajuste, por exemplo. Além disso, é importante avaliar alguns resultados e indicadores obtidos ou previstos pela própria empresa.

Também é importante salientar que a despesa de pessoal representa apenas pouco mais de 8% da receita da empresa. Para 2012, a estimativa é de que cada empregado vá gerar mais de R$ 1,5 milhão de reais de receita/ano e mais de R$ 400 mil de Ebitda/ano para a Embratel. Já a estimativa de despesa anual média por empregado é de R$ 125 mil! Ou seja, o trabalhador ganha muito pouco para tanta produção. Queremos, e merecemos, mais que o INPC integral. Queremos ganho real nos salários e benefícios.

Nem mais, nem menos, apenas aquilo que merecemos. Exigimos GANHO REAL!

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